‘Criptoboys’ lavaram bilhões em criptos para PCC e Hezbollah

Updated 9 horas ago by · 3 mins read

Reportagem da revista piauí revelou como jovens empresários, apelidados de ‘criptoboys’, lavaram R$ 19,4 bilhões com criptomoedas.

Uma reportagem da edição de setembro da revista piauí revelou como jovens empresários, apelidados de ‘criptoboys’, lavaram R$ 19,4 bilhões usando criptomoedas.

Entre os clientes, estavam máfias italianas e albanesas. No entanto, também incluíam o PCC e até o Hezbollah. O esquema funcionava com operações fora do sistema bancário e movimentava recursos em grande escala.

Esquema envolveu empresa nos EUA

O nome de maior destaque entre os ‘criptoboys’ é o de Dante Felipini.

Felipini estudou no curso de Direito como criptomoedas poderiam servir para a lavagem de dinheiro. Em seguida, abriu a empresa Makes Exchange em 2017 e começou a movimentar valores de comerciantes chineses.

O dinheiro chegava muitas vezes em espécie para a conversão em cripto e o envio ao exterior sem passar pelo sistema bancário. Não está claro se isso incluía transações em Bitcoin (BTC) ou com outras criptomoedas promissoras.

No entanto, conforme as operações cresceram, Felipini passou a usar a estrutura de José Eduardo Froes Júnior, dono da One World Services. A empresa, com sede nos EUA e filial em Campinas, realizava operações OTC. Froes e seus irmãos movimentaram cerca de R$ 8 bilhões entre 2017 e 2021.

Além disso, entre os valores que Froes operavam, estavam recursos ligados a Glaidson Acácio dos Santos, o ‘Faraó do Bitcoin’.

Felipini transferiu R$ 163 milhões para a One World. Então, decidiu assumir suas próprias operações, chegando a contar com 20 funcionários.

Os casos de fraudes envolvendo criptomoedas têm se tornado bastante comuns. Por exemplo, recentemente, a polícia do Mato Grosso do Sul desvendou um golpe de R$ 1 bilhão envolvendo falsos investimentos em criptos.

Outros ‘criptoboys’ no radar

Surgiram outros nomes de ‘criptoboys’ na reportagem, como Vinicius Zampieri Marinho e Bruno Kioshi Tomo Tashira. Eles também ofereciam serviços OTC.

Outro personagem, Jhonny Rich Sales dos Santos, levou os investigadores da Polícia Civil até sua ex-funcionária Jéssica Castro. Afinal, ela teria passado a operar por conta própria e movimentou R$ 2,6 bilhões em transações suspeitas, segundo o Coaf.

A reportagem destacou que bancos como Genial, Master e Santander podem ter tido conhecimento de que parte dessas movimentações se tratava de lavagem de dinheiro.

Segundo a Piauí, inicialmente, a Justiça Federal negou os pedidos de prisão de Froes e seus irmãos.

No entanto, Felipini acabou preso em Guarulhos quando tentava embarcar para Dubai. Ele responde por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, associação criminosa e ligação com terrorismo.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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