Dificuldade de mineração de Bitcoin atinge novo recorde

O aumento na dificuldade mostra que mais mineradores estão entrando na rede, o que reforça a segurança e a descentralização.

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar Atualizado em 3 mins read
Dificuldade de mineração de Bitcoin atinge novo recorde

Resumo da notícia

  • A dificuldade na mineração de Bitcoin (BTC) atingiu o recorde de 127,6 trilhões nesta semana.
  • O aumento na dificuldade mostra que mais mineradores estão entrando na rede, o que reforça a segurança e a descentralização.
  • Os lucros atingiram US$ 52,63 milhões por exahash por dia.

A dificuldade na mineração de Bitcoin (BTC) atingiu o recorde de 127,6 trilhões nesta semana. Isso torna mais difícil do que nunca minerar novos BTCs. Afinal, os mineradores precisam de mais poder computacional para resolver os desafios que validam as transações e geram recompensas.

No entanto, uma leve queda de cerca de 3% é esperada para 9 de agosto, o que deve reduzir a dificuldade para aproximadamente 123,7 trilhões, segundo dados da CoinWarz.

Essa mudança faz parte do sistema automático do Bitcoin. Ele ajusta a dificuldade para manter a produção de blocos estável, mesmo com a variação no número de mineradores.

Também cresce a competição na mineração de Bitcoin

O aumento na dificuldade mostra que mais mineradores estão entrando na rede, o que reforça a segurança e a descentralização. Aliás, esse movimento reverte uma queda observada em junho, quando a dificuldade caiu para 116,9 trilhões.

Desde então, a rede se recuperou com força, indicando que os mineradores estão dispostos a competir em um cenário mais desafiador.

 Surpreendentemente, o aumento da dificuldade não afetou os ganhos com a mineração de Bitcoin. Por exemplo, os lucros atingiram US$ 52,63 milhões por exahash por dia. Esse é o maior nível desde o halving.

Isso pode indicar que os mineradores estão usando máquinas mais eficientes ou que o preço do Bitcoin continua forte o suficiente para compensar a concorrência, algo que também vem ocorrendo com as melhores altcoins. Normalmente, quando a dificuldade sobe, os lucros caem. Mas, desta vez, o cenário continua positivo.

Além disso, o volume de BTC saindo das carteiras dos mineradores caiu de forma acentuada. De acordo com os dados mais recentes, a média móvel de sete dias dos saques caiu quase 49%. Foram apenas 0,61 BTC movidos em média.

Então, é provável que os mineradores estejam segurando suas moedas. Pode ser sinal de que esperam uma valorização. Outra possibilidade é que eles já estejam lucrando o suficiente para não precisarem vender.

Nesse cenário, novos projetos de mineração de Bitcoin, como o da Tether no Brasil, são uma tendência a se observar.

ETFs de Bitcoin e ouro superam US$500 bilhões

Pela primeira vez, os ativos sob gestão (AUM) combinados de ETFs de ouro e de Bitcoin ultrapassaram US$500 bilhões, segundo o The Bold Report.

Os ETFs de ouro respondem por cerca de US$ 325 bilhões, enquanto os ETFs de Bitcoin saltaram para US$ 162 bilhões. Vale lembrar que, antes da aprovação dos ETFs à vista nos EUA, esse número estava em apenas US$ 20 bilhões.

Esse salto mostra o crescente interesse dos investidores institucionais e reforça o papel do Bitcoin no mercado financeiro global.

Desde o lançamento dos ETFs à vista nos EUA, o preço do Bitcoin subiu cerca de 175%. Já o ouro registrou um avanço de 66% no mesmo período.

Por outro lado, essa diferença revela um maior potencial de crescimento do Bitcoin, embora com maior volatilidade.

Também chama atenção o ritmo acelerado dos investimentos em ETFs. Isso mostra que mais investidores veem o Bitcoin como um ativo sério e, talvez, a melhor criptomoeda para comprar, ao lado do ouro. E isso pode estimular ainda mais a mineração de Bitcoin.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

Notícias de Bitcoin
Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.