O Ministério Público do Rio criou um núcleo especializado em crimes com criptomoedas.
Grupo terá laboratório forense e tecnologia para rastrear operações ilícitas.
A iniciativa se soma à parceria com a Chainalysis para investigações em blockchain.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou a criação do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos, o CyberGAECO. O foco será investigar organizações que realizam crimes com criptoativos, inclusive com atuação na dark web.
A iniciativa reforça o investimento em tecnologia e modernização das investigações, buscando enfrentar o avanço da criminalidade digital.
CyberGAECO terá laboratório próprio de análise forense
O núcleo será integrado ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ). Ele terá ações de inteligência, investigações e recuperação de ativos, que vão desde o Bitcoin (BTC) até novas criptomoedas.
Segundo o procurador-geral de Justiça Antonio José Campos Moreira, o grupo receberá capacitação de excelência e acesso a recursos tecnológicos capazes de fazer diferença no combate aos crimes virtuais.
Além disso, a coordenadora do GAECO, Letícia Emile Alqueres Petriz, destacou que o núcleo terá laboratório próprio para coleta e análise forense. Segundo ela:
A criação do CyberGAECO representa um passo decisivo na modernização das estratégias de persecução penal, além de ser uma resposta institucional para enfrentar o avanço das práticas ilícitas no meio virtual, como fraudes eletrônicas, abuso sexual infantil em meio virtual, ataques a sistemas, crimes financeiros e operações ilícitas envolvendo criptoativos, atos que desafiam os mecanismos tradicionais de investigação.
Também será possível estabelecer cooperação jurídica nacional e internacional para desarticular redes criminosas.
Aliás, os crimes com criptoativos vêm crescendo no Brasil. Por exemplo, recentemente, a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul desvendou um golpe de R$ 1 bilhão com criptomoedas.
Cooperação e tecnologia reforçam combate a crimes com criptoativos
O subcoordenador do núcleo, Marcos Davidovich, afirmou que é preciso quebrar paradigmas e combinar inteligência e investigação para combater os crimes com criptoativos. De acordo com ele:
A repressão e a prevenção dependem de especialização, com domínio técnico e uso de ferramentas adequadas. O CyberGAECO é a resposta do MPRJ aos novos desafios da criminalidade digital.
O MPRJ reforçou que a estratégia inclui interlocução com órgãos públicos e entidades privadas para rastrear operações ilícitas e fomentar políticas de prevenção.
Em agosto, o MPRJ e o Ministério Público de Santa Catarina já haviam firmado uma parceria com a Chainalysis. O acordo garante acesso à ferramenta Reactor. Também prevê suporte técnico e treinamentos para aprimorar a capacidade de rastreamento de transações em blockchain.
A criação do CyberGAECO e o uso de tecnologias avançadas representam um marco para o enfrentamento de crimes com criptoativos. Isso inclui ataques a sistemas e operações ilegais. Portanto, fortalece a atuação institucional no combate ao crime digital.
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Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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