OranjeBTC anuncia sua prova de reserva em BTC

Qualquer usuário poderá verificar de forma independente o saldo de Bitcoin custodiado pela empresa.

Leonardo Cavalcanti By Leonardo Cavalcanti Flavio Aguilar Edited by Flavio Aguilar Atualizado em 4 mins read
OranjeBTC anuncia sua prova de reserva em BTC

Resumo da notícia

  • OranjeBTC apresentou um sistema próprio de prova de reservas em seu site oficial.
  • O CEO Gui Gomes explicou como funciona o modelo, por que a empresa adotou essa arquitetura e como qualquer pessoa pode verificar as reservas de Bitcoin.
  • A corretora reforça o foco exclusivo em BTC, com transparência e verificação independente.
  • O anúncio ocorre em meio à crescente cobrança regulatória e comunitária por reservas comprováveis no setor de exchanges.

A OranjeBTC anunciou nesta terça-feira (25/11) a disponibilização de um sistema próprio de prova de reservas, diretamente no site oficial da empresa.

Em publicação nas redes sociais, a corretora destacou que agora qualquer usuário pode verificar, por conta própria, as reservas de Bitcoin mantidas pela companhia, sem depender de intermediários nem de relatórios produzidos sob demanda.

O movimento coloca a empresa em um grupo ainda restrito de plataformas brasileiras que adotam um modelo público, audível e verificável on-chain.

Como funciona a prova de reservas da OranjeBTC

No vídeo publicado junto ao anúncio, o CEO da empresa, Gui Gomes, explica o funcionamento da arquitetura de prova de reservas adotada pela exchange, descrevendo os princípios técnicos e os motivos que a levaram a estruturar seu sistema dessa forma.

A OranjeBTC reforça que o modelo prioriza a independência e a auditabilidade de empresas que acumulam criptomoedas promissoras como o BTC. Portanto, os usuários podem consultar os endereços públicos da empresa, validar a soma das reservas e conferir as assinaturas criptográficas que comprovam o controle das chaves.

Segundo Gomes, o objetivo é eliminar a necessidade de confiança cega em intermediários e alinhar a operação da exchange ao ethos original do Bitcoin.

O lançamento acontece em um momento de maior atenção regulatória ao setor de criptomoedas no Brasil e no exterior.

Houve diversos episódios envolvendo insolvências e reservas opacas, incluindo casos internacionais que levaram à quebra de algumas das maiores exchanges do mundo. Por isso, o mercado passou a cobrar mecanismos mais robustos de verificação de ativos.

A prova de reservas, embora não seja uma solução absoluta contra todos os riscos de contraparte, tornou-se o padrão mínimo esperado por grande parte da comunidade global de Bitcoin. Ao adotar um modelo nativo e transparente, a OranjeBTC busca posicionar-se como uma alternativa alinhada às melhores práticas do setor.

Solução é exclusiva para BTC

A empresa enfatiza que o sistema foi construído exclusivamente para Bitcoin, sem incluir pares em stablecoins ou em outros criptoativos. A comunicação reforça o slogan ‘100% Bitcoin’, indicando que a companhia pretende manter o foco total no ativo.

A abordagem tem ganhado força entre plataformas que desejam reduzir complexidades e adotar modelos mais simples de custódia, limitando a superfície de ataque e os riscos de solvência.

No nível técnico, o modelo apresentado por Gomes segue princípios semelhantes aos de exchanges internacionais que adotaram a prova de reservas baseada em endereços públicos, provas criptográficas e verificações independentes.

Ainda assim, o executivo destaca que a arquitetura foi ajustada ao contexto da empresa. Isso permite consultas diretas ao conjunto de UTXOs custodiados, assegurando que o usuário não dependa de código fechado ou de APIs proprietárias para verificar os saldos.

Comunidade elogia iniciativa

A transparência se destaca também porque a verificação não exige login, não expõe informações pessoais e não depende de confiança em provedores externos.

O anúncio repercutiu na comunidade cripto brasileira, que defende padrões mais rígidos de transparência em exchanges locais. Afinal, o mercado cobra garantias cada vez maiores.

Após a criação de normas mais estritas para prestadores de serviços de ativos virtuais, iniciativas como essa funcionam como um diferencial competitivo. Para muitos investidores, a capacidade de validar de forma autônoma as reservas da corretora tende a reduzir a percepção de risco e a fortalecer a reputação da empresa.

Ainda assim, especialistas ressaltam que a prova de reservas, por si só, não substitui uma demonstração de solvência completa.

Embora o sistema comprove que a exchange controla determinado montante de Bitcoin, ele não contempla automaticamente passivos, obrigações financeiras ou riscos operacionais internos. Mesmo assim, trata-se de um avanço importante em direção a operações mais transparentes em um setor que enfrentou desconfiança historicamente.

A OranjeBTC afirmou que continuará aprimorando o modelo e atualizando as ferramentas de verificação conforme o mercado evoluir. Para os usuários, a possibilidade de auditar diretamente as reservas marca um passo relevante rumo a práticas mais alinhadas com o ideal de descentralização e responsabilidade individual do ecossistema Bitcoin.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Leonardo Cavalcanti

Leonardo Cavalcanti é jornalista especializado em criptomoedas, blockchain e finanças digitais. Além de tocar projetos próprios como o podcast BlockHistory. Também trabalha em desenvolvimento de negócios no ecossistema cripto como parceiro comercial Azify, com foco em parcerias estratégicas, tokenização e soluções de infraestrutura financeira.