A mudança entrará em vigor em 1º de setembro de 2025, alterando a acessibilidade da stablecoin.
By Flavio Aguilar
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Resumo da notícia:
Maior emissora de stablecoins do mercado, a Tether anunciou que irá suspender o resgate de USDT em cinco blockchains. As redes incluem a Omni Layer, Bitcoin Cash SLP, Kusama, EOS e Algorand.
Segundo a Tether, a suspensão dos resgates começa a valer no dia 1º de setembro de 2025. Além disso, os tokens que ainda estiverem circulando nelas serão congelados.
A empresa aconselhou os clientes que utilizam essas redes a resgatar seus USDT o quanto antes. No entanto, é possível solicitar a migração dos fundos para uma blockchain que ainda ofereça suporte ao ativo.
Segundo a Tether, o objetivo com a decisão é otimizar sua infraestrutura e alinhar-se às tendências de uso da comunidade. Além disso, a empresa deseja direcionar recursos para redes com maior utilidade e desenvolvimento ativo.
A empresa afirma que analisou profundamente os dados de uso e a demanda de mercado de cada blockchain. Também levou em consideração a opinião de membros da comunidade e parceiros de infraestrutura.
A Tether declarou que a mudança não busca minimizar a importância dessas redes, especialmente no início da trajetória da Tether.
Mas a decisão final indica que Algorand e as demais blockchains não teriam atendido aos padrões da empresa. Essas são blockchains que ainda suportam muitas novas criptomoedas.
Tether to Wind Down USD₮ Support for Five Legacy Blockchains as Part of Strategic Infrastructure Review
Learn more: https://t.co/MxVGdUnEhA— Tether (@Tether_to) July 11, 2025
Nos últimos dois anos, o volume de USDT em circulação nessas redes caiu de forma significativa. Ao mesmo tempo, a Tether pensa em se tornar a maior mineradora de Bitcoin do mundo. A informação veio a público no final de junho.
Após o anúncio da Tether, Paolo Ardoino, CEO da empresa, defendeu a adaptação contínua às mudanças do mercado. Segundo ele:
O fim do suporte para essas redes tradicionais nos permite focar em plataformas que oferecem maior escalabilidade, atividade de desenvolvedores e engajamento da comunidade — todos componentes essenciais para impulsionar a próxima onda de adoção de stablecoins.
A Tether continua enfrentando desafios legais nos Estados Unidos. Por exemplo, ela vive um imbróglio com a Celsius, empresa de empréstimos em criptos e mineração de Bitcoin.
Após entrar em falência, a Celsius acusou a Tether de ter liquidado indevidamente a garantia em Bitcoin que havia fornecido a ela. Isso teria ocorrido após seu colapso.
Um juiz dos EUA autorizou que a Celsius mantenha o processo judicial, que envolve US$ 4 bilhões.
Enquanto isso, a Tether segue crescendo com base em uma estratégia ativa de diversificação.
A empresa está entre as fundadoras da Twenty One, companhia com foco em estratégias de Bitcoin liderada por Jack Maller. Esse movimento reforça o foco da Tether em mineração de Bitcoin, ajudando a manter sua relevância no setor.
Também está investindo em inteligência artificial (IA). Inclusive, lançou um SDK com suporte em IA por meio da Tether Data.
Muitos desses produtos ainda estão em fase inicial. No entanto, Ardoino afirmou que a empresa manterá o foco total em IA nos próximos meses.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
