ABToken propõe um sandbox de criptomoedas ao Banco Central.
Medida busca reduzir riscos em operações OTC e ampliar segurança.
Proposta será formalizada em janeiro de 2026 com apoio de empresas do setor.
A ABToken apresentou ao Banco Central uma proposta para criar um sandbox de criptomoedas no país. A sugestão foi feita em um encontro realizado na quinta-feira (11/12), em São Paulo, com representantes da entidade e do Banco Genial.
A iniciativa surge em meio à adoção de novas regras para prestadores de serviços de ativos virtuais, que passam a valer em 2 de fevereiro de 2026.
A associação vê o sandbox como uma ferramenta para testar soluções que melhorem a transparência do mercado. Além disso, a entidade entende que o ambiente controlado pode acelerar padrões de governança e reduzir riscos no segmento OTC.
No entanto, os debates ainda estão em fase inicial e dependem de análises técnicas do regulador.
Regulação e riscos no mercado OTC
O BC publicou recentemente normas que tratam de governança, segregação de ativos e compliance. Entre outros impactos, essas regras devem reforçar a supervisão sobre empresas que operam com criptoativos no Brasil.
É nesse contexto que a ABToken defende um sandbox de criptomoedas dedicado ao tema. Afinal, a associação destaca que o mercado OTC movimenta volumes relevantes fora das plataformas tradicionais. No entanto, ainda carece de padrões mínimos de transparência.
Por isso, a entidade acredita que testes supervisionados podem ajudar a padronizar processos e a identificar fragilidades reais. Afinal, empresas poderiam desenvolver produtos, inclusive criptoativos novos, sem assumir riscos desnecessários.
Entenda a proposta de um sandbox de criptomoedas
A diretora-executiva da ABToken, Regina Pedroso, afirmou que o avanço regulatório traz segurança jurídica.
Um ambiente regulado, com supervisão adequada, é necessário para que empresas de cripto possam inovar e crescer com confiança.
A associação deve formalizar a proposta em janeiro de 2026. Também apoiam o projeto empresas como Resolve Pay, Bloquo e diversas OTCs.
No momento, grupos internos da entidade trabalham com análises de escritórios como Veirano e Pinheiro Neto.
A proposta surge em um contexto de crise interna da ABCripto, depois de empresas como Coinbase e Itaú terem deixado a entidade recentemente.
Enquanto isso, a ABToken continua tendo um canal amigável com o BC, além de boas relações com empresas tradicionais, como mostra a recente reunião com o Genial.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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