BitMine comprou 202 mil ETH durante as liquidações de 10 de outubro.
Empresa agora detém mais de 3 milhões de Ethereum, avaliados em US$ 480 milhões.
Movimento mira controlar até 5% do fornecimento global de ETH.
Estratégia institucional reforça o papel do Ethereum no DeFi.
HYLQ Strategy Corp segue tendência com o token HYPE, conectando liquidez e governança corporativa.
A BitMine Immersion Technologies transformou o caos do mercado em oportunidade ao adquirir mais de 202 mil ETH, elevando suas reservas totais para 3,03 milhões de tokens.
Isso ocorreu durante as liquidações históricas da última sexta-feira (10/10), que derrubaram o preço do Ethereum (ETH) e levaram à perda de bilhões em posições alavancadas.
Avaliado em cerca de US$ 480 milhões, o investimento foi feito no auge da volatilidade, quando a maioria dos traders enfrentava liquidações forçadas.
Com isso, a BitMine reforça sua posição como a maior detentora corporativa de Ethereum do mundo. Aliás, ela mira controlar até 5% de todo o fornecimento global do ativo.
Estratégia da Bitmine durante o pânico: comprar quando todos vendem
O presidente da BitMine, Thomas ‘Tom’ Lee, confirmou que o movimento foi calculado para aproveitar os preços deprimidos causados pela liquidação em massa:
A recente queda no preço do Ethereum nos deu uma rara oportunidade estratégica para acumular tokens a um custo extremamente favorável.
Enquanto milhões de traders viram suas carteiras de criptoativos serem zeradas, a BitMine seguiu o caminho oposto. Afinal, ela comprou no fundo do pânico e fortaleceu sua tesouraria corporativa em ETH.
Bitmine now has 3,032,188 Ethereum on their balance sheet.
Tom Lee:
"The crypto liquidation over the past few days created a price decline in ETH, which BitMine took advantage of. We acquired 202,037 ETH tokens over the… pic.twitter.com/sA6hi3svT6
A estratégia lembra a adotada pela MicroStrategy com o Bitcoin em 2021, quando a empresa de Michael Saylor aproveitou uma grande correção para acumular BTC com desconto.
Como a compra pode mudar o mercado de Ethereum e DeFi
A ofensiva da BitMine não é apenas simbólica. Com 3 milhões de ETH sob controle, a empresa passa a ter influência direta na liquidez, staking e dinâmica de oferta dentro do ecossistema DeFi.
Segundo analistas, a concentração dessa quantidade de tokens em uma única entidade pode alterar o equilíbrio dos protocolos de empréstimo, pools de liquidez e validação de blocos, reforçando o papel institucional dentro da rede Ethereum.
O movimento também desperta a atenção de fundos e investidores institucionais, que enxergam na estratégia de acumulação pós-liquidação uma nova forma de gestão de tesouraria, baseada em ativos digitais resilientes.
Apoio de grandes nomes e valorização das ações da BitMine
A decisão da BitMine contou com o apoio de Cathie Wood, CEO da ARK Invest, que classificou a iniciativa como ‘visionária’.
Segundo ela, acumular Ethereum durante uma liquidação massiva demonstra convicção de longo prazo e reforça a tese de que o ETH é um ativo produtivo e deflacionário dentro do ecossistema Web3.
Após o anúncio, as ações da BitMine registraram alta expressiva, refletindo o otimismo do mercado em relação ao posicionamento estratégico da empresa. Com esse movimento, a BitMine inaugura um novo capítulo na relação entre empresas e criptomoedas.
Assim como o Bitcoin foi adotado como reserva de valor corporativa nos últimos anos, o Ethereum começa a assumir um papel semelhante. Especialmente, devido ao seu uso direto em DeFi, staking e emissão de tokens.
A longo prazo, o modelo da BitMine pode inspirar outras companhias a seguir a mesma direção, isto é, comprar durante as quedas e transformar volatilidade em valor estratégico.
Se o mercado cripto entrar em nova fase de alta, o movimento da BitMine poderá se revelar um dos investimentos mais lucrativos do ciclo. Além disso, pode consolidar o ETH como pilar das finanças descentralizadas.
O próximo passo: do Ethereum ao HYPE corporativo
A ofensiva da BitMine sobre o Ethereum mostra que o movimento institucional nas criptomoedas está apenas começando.
Se 2025 consolidou o ETH como o principal ativo do universo DeFi corporativo, o próximo ciclo pode ver o HYPE, token nativo da Hyperliquid, assumir papel semelhante, mas com foco em liquidez descentralizada e reserva estratégica para empresas.
É exatamente essa visão que guia a HYLQ Strategy Corp, primeira companhia de capital aberto a adotar o HYPE como ativo de tesouraria.
Em vez de depender apenas de moedas fiduciárias, a empresa vem estruturando seu balanço sobre um ecossistema de alta performance, integrando governança on-chain, eficiência de mercado e exposição direta à Web3.
O modelo representa uma evolução da tese iniciada pela MicroStrategy e agora expandida pela BitMine, mas com uma camada adicional de utilidade.
Enquanto o Bitcoin funciona como reserva de valor e o Ethereum como motor do DeFi, o HYPE surge como o elo que conecta ambos.
Ou seja, o HYPE fornece liquidez programável, governança corporativa e infraestrutura descentralizada em escala global.
Em outras palavras, a BitMine comprou o presente. Mas a HYLQ Strategy Corp, com o HYPE, parece estar comprando o futuro.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Com formação em TI, Gabriel tem dedicado os últimos anos em redação de conteúdo especializado em criptoativos, Web3 e inovação financeira. Sua intensa curiosidade gera análises, notícias e artigos opinativos sobre o futuro do dinheiro, com foco em projetos relevantes, tecnologias disruptivas e tendências de mercado.