BlackRock aumenta exposição ao Bitcoin em 38% desde maio

O Global Allocation Fund, um dos fundos multimercado mais tradicionais da casa, aumentou em 38% suas posições em Bitcoin desde maio.

Leonardo Cavalcanti By Leonardo Cavalcanti Flavio Aguilar Edited by Flavio Aguilar Atualizado em 5 mins read
BlackRock aumenta exposição ao Bitcoin em 38% desde maio

Resumo da notícia

  • O Global Allocation Fund, um dos fundos multimercado mais tradicionais da Blackrock, aumentou em 38% suas posições em Bitcoin desde maio.
  • Agora a empresa detém o equivalente a 1 milhão de ações de ETFs de Bitcoin, avaliadas em mais de US$ 65 milhões.
  • O Bitcoin Hyper é uma Layer-2 de alta performance construída para dar ao Bitcoin a programabilidade que falta.

O movimento mais recente da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, trouxe novo combustível para o mercado de criptomoedas. O Global Allocation Fund, um dos fundos multimercado mais tradicionais da casa, aumentou em 38% suas posições em Bitcoin desde maio.

Ou seja, agora a empresa detém o equivalente a 1 milhão de ações de ETFs de Bitcoin, avaliadas em mais de US$ 65 milhões. Para muitos, pode parecer apenas mais um número em meio à onda crescente de ETFs listados nos Estados Unidos. Mas, na prática, trata-se de um dos sinais mais claros até aqui de que a adoção institucional do Bitcoin deixou de ser narrativa para se tornar realidade concreta.

Ao aumentar agressivamente sua exposição em apenas alguns meses, a BlackRock envia duas mensagens ao mercado.

A primeira é que, mesmo em meio à volatilidade, o Bitcoin já é considerado ativo estratégico de alocação global. Não se trata mais de um experimento: é uma peça legítima de diversificação em carteiras que movimentam centenas de bilhões de dólares.

A segunda mensagem é ainda mais poderosa. Se a maior gestora do mundo enxerga espaço para aumentar sua posição em BTC, outros players institucionais tendem a seguir o mesmo caminho.

Esse tipo de movimento cria efeitos em cascata. Fundos de pensão, seguradoras, family offices e até bancos privados ao redor do mundo monitoram os passos da BlackRock como referência. Quando ela abre a porta, o mercado interpreta como sinal verde. É exatamente esse efeito manada institucional que muitos analistas acreditam que poderá empurrar o Bitcoin a novas máximas históricas nos próximos anos.

BlackRock e a era dos ETFs de Bitcoin

Os ETFs de Bitcoin foram o grande catalisador para que fundos como o Global Allocation pudessem aumentar sua exposição.

Ao oferecerem acesso regulado, com custódia institucional e transparência, esses produtos resolveram um dos maiores obstáculos que seguravam a entrada do dinheiro institucional: a falta de veículos adequados.

Nos Estados Unidos, o mercado de ETFs de cripto já movimenta dezenas de bilhões de dólares e deve crescer ainda mais à medida que reguladores consolidarem regras claras para as criptomoedas promissoras.

A BlackRock, que também é gestora de um dos maiores ETFs de Bitcoin do mundo, tem papel decisivo nesse processo. Seu envolvimento não apenas legitima o setor, mas também cria demanda constante por BTC físico, já que os fundos precisam comprar o ativo subjacente para lastrear suas cotas.

Esse fluxo institucional é fundamental porque introduz estabilidade de demanda em um ativo cuja oferta é rigidamente limitada.

Com o halving de 2024 já em vigor e a emissão de novos BTC reduzida, a pressão compradora de ETFs e fundos cria condições estruturais para que o preço do ativo se valorize ao longo do tempo.

O paradoxo do Bitcoin: reserva ou infraestrutura?

O fortalecimento institucional do Bitcoin, no entanto, traz um paradoxo. Quanto mais ele se consolida como reserva de valor global, um ‘ouro digital’, mais distante fica a visão de uma infraestrutura financeira programável.

Hoje, enquanto Ethereum, Solana e outras blockchains movimentam bilhões em contratos inteligentes e stablecoins, o Bitcoin ainda é pouco utilizado em aplicações além do simples ‘hold’.

É justamente essa lacuna que abre espaço para projetos como o Bitcoin Hyper (HYPER). Se a BlackRock e outros gigantes financeiros estão tornando o BTC um ativo institucional, a próxima fronteira é transformá-lo também em um ecossistema de utilidade prática.

O que é o Bitcoin Hyper

O Bitcoin Hyper é uma Layer-2 de alta performance construída para dar ao Bitcoin a programabilidade que falta. Inspirada na eficiência da Solana, mas ancorada na segurança do BTC, a rede Hyper busca desbloquear um universo de aplicações até então restrito a blockchains concorrentes.

Em apenas três meses, a pré-venda do projeto já captou US$ 18 milhões, consolidando-se como uma das mais bem-sucedidas de 2025. O token HYPER, vendido atualmente a cerca de US$ 0,012975, terá múltiplas funções: servir como gás da rede, ativo de staking para segurança e mecanismo de governança para definir o futuro do protocolo.

O coração da proposta está em sua ponte canônica de Bitcoin, que permitirá transferir BTC da cadeia principal para a Layer-2 do Hyper.

Uma vez dentro do ambiente Hyper, o ativo ganha programabilidade, podendo ser usado para emissão de stablecoins, contratos inteligentes, derivativos e soluções DeFi.

Para garantir a integridade, o sistema utiliza provas de conhecimento zero (zk-proofs), que ancoram todas as operações de volta à blockchain do Bitcoin.

Arquitetura moderna e experiência de desenvolvedores

O Bitcoin Hyper diferencia-se de outros experimentos ao adotar a Solana Virtual Machine (SVM) como base de execução. Isso significa que as transações na rede Hyper serão processadas em paralelo, com taxas baixíssimas e confirmações em frações de segundo. Ou seja, estamos diante de algo impensável no Bitcoin em sua camada principal.

Para os desenvolvedores, o ecossistema oferece suporte a Rust e frameworks como Anchor, já familiares para quem constrói em Solana. Essa compatibilidade deve facilitar a migração de projetos e acelerar a criação de dApps na Hyper, tornando-a um hub vibrante de inovação dentro do universo Bitcoin.

Portanto, apesar dos termos técnicos, a promessa é simples. O projeto visa dar ao Bitcoin as mesmas capacidades de Ethereum e Solana. Mas com a vantagem única de estar ancorado na rede mais segura e descentralizada do mundo.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Leonardo Cavalcanti

Leonardo Cavalcanti é jornalista especializado em criptomoedas, blockchain e finanças digitais. Além de tocar projetos próprios como o podcast BlockHistory. Também trabalha em desenvolvimento de negócios no ecossistema cripto como parceiro comercial Azify, com foco em parcerias estratégicas, tokenização e soluções de infraestrutura financeira.