Brasil entra no top 5 global de adoção de criptomoedas

No Brasil, o aumento da adoção de criptomoedas tem os usuários de varejo como principal fator

Flavio Aguilar By Flavio Aguilar Atualizado em 3 mins read
Brasil entra no top 5 global de adoção de criptomoedas

Resumo da notícia

  • Brasil é o 5º país com maior adoção de criptomoedas em 2025.
  • Sul da Ásia lidera o crescimento global, com Índia e Paquistão à frente.
  • Stablecoins movimentam US$ 4 trilhões e impulsionam a integração cripto.

O Brasil consolidou sua posição entre os principais mercados de criptomoedas do mundo em 2025. Segundo o Relatório de Adoção de Criptomoedas e Uso de Stablecoins da TRM Labs, o país ocupa o quinto lugar global.

O ranking tem a liderança da Índia. Em seguida, vêm os Estados Unidos, Paquistão, Filipinas e Brasil. O resultado destaca o fortalecimento da América Latina no cenário global, mas evidencia também a ascensão acelerada da Ásia como principal motor de crescimento do setor.

Sul da Ásia domina expansão do mercado cripto

A TRM Labs apontou que o Sul da Ásia se tornou a região de crescimento mais rápido em 2025. Afinal, Índia e Paquistão registraram um aumento de 80% na adoção de criptomoedas entre janeiro e julho, com um volume de transações de cerca de US$ 300 bilhões.

O relatório mostra que a Índia manteve a liderança pelo terceiro ano consecutivo devido a um mercado dinâmico e à ampliação de plataformas de investimento acessíveis. O fortalecimento do ecossistema local tem atraído atenção de investidores institucionais e impulsionado o uso de stablecoins e outras criptomoedas promissoras.

Nos Estados Unidos, o crescimento também foi expressivo. O volume de transações superou US$ 1 trilhão nos primeiros sete meses de 2025, um salto de 50% frente ao ano anterior. Aliás, esse avanço foi impulsionado pela aprovação da GENIUS Act, que trouxe diretrizes mais claras para o setor cripto.

Stablecoins ganham protagonismo global

O relatório destacou o papel das stablecoins como principal vetor de expansão. Em agosto de 2025, as transações com esses ativos atingiram um recorde de US$ 4 trilhões — um aumento anual de 83%.

Além disso, Tether (USDT) e Circle (USDC) representaram cerca de 93% da capitalização total do mercado, consolidando-se como referências em liquidez e estabilidade. A crescente confiança nesses tokens reforça a aproximação entre o sistema cripto e o financeiro tradicional.

A TRM Labs observou que o uso das stablecoins está diretamente ligado à adoção de criptomoedas desse tipo por empresas e usuários de varejo. As operações de remessa e pagamentos internacionais estão por trás disso. Segundo o relatório:

As criptomoedas estão avançando cada vez mais em direção ao sistema financeiro tradicional — e as stablecoins são o principal vetor dessa transição.

Varejo brasileiro impulsiona adoção de criptomoedas

No Brasil, o aumento da adoção de criptomoedas tem os usuários de varejo como principal fator. Segundo o estudo, as transações de pessoas físicas cresceram 125% entre janeiro e setembro de 2025 em relação ao mesmo período de 2024.

Também há um movimento crescente de uso das criptomoedas como reserva de valor e alternativa frente ao aumento da inflação.

Por fim, a combinação de educação financeira, regulamentação mais clara e expansão das plataformas digitais vem sustentando o avanço da adoção cripto no país.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Flavio Aguilar

Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.