‘Brasil Seguro’: novo programa do governo deve monitorar corretoras cripto

Updated on Jul 16, 2025 at 3:27 pm UTC by · 3 mins read

O governo federal planeja lançar um programa para monitorar de perto as operações de corretoras de criptomoedas e fintechs.

Resumo da notícia:

  • O governo federal estaria articulando a criação do programa Brasil Seguro para fiscalizar fintechs e exchanges cripto.
  • A medida surge após o ataque hacker que desviou mais de R$ 1 bilhão de contas reservas do Pix.
  • A iniciativa envolveria Banco Central, Polícia Federal, BNDES e Febraban.

O governo federal planeja lançar um programa para monitorar de perto as operações de corretoras de criptomoedas e fintechs. Com o nome de Brasil Seguro, o projeto deve envolver Polícia Federal, o Banco Central, o BNDES e a Febraban.

O programa surge como resposta ao ataque hacker bilionário contra a C&M Software, que resultou no desvio de mais de R$ 1 bilhão. A ação vem sendo tratada como o maior ataque cibernético já registrado no sistema financeiro nacional.

Nenhum dos órgãos envolvidos falou oficialmente sobre o Brasil Seguro até o momento. No entanto, o episódio parece ter acelerado os planos do governo para reforçar o controle sobre o setor.

Hackers usaram criptomoedas para lavar dinheiro

O ataque ao sistema Pix ocorreu no início de julho. Hackers acessaram contas de reserva de seis instituições financeiras, incluindo BMP e Credsystem. Para que isso fosse possível, eles utilizaram credenciais da prestadora C&M, que fornece integração ao sistema do Banco Central.

Então, os criminosos tentaram lavar os valores por meio de transações com criptomoedas. Eles direcionaram parte do dinheiro a plataformas com integração ao Pix, com o objetivo de convertê-lo em USDT e BTC. No entanto, não está claro se os hackers tentaram usar outras criptomoedas baratas.

Também houve tentativas de movimentar os recursos por meio de mesas OTC. No entanto, algumas corretoras identificaram a atividade suspeita e bloquearam os envios, alertando as autoridades. O caso segue em investigação.

Brasil Seguro pode reforçar protocolos de segurança

O caso gerou reação imediata no setor cripto, que agora promete colaborar com investigações e fortalecer seus protocolos.

Especialistas afirmam que foi possível bloquear uma parte dos valores antes da conversão total.

Por fim, a expectativa é que o Brasil Seguro se una à regulamentação prevista pela Lei 14.478/2022.

O Banco Central deve publicar as diretrizes ainda este ano. Caso o projeto saia do papel, deve haver um impacto direto sobre empresas que operam com ativos digitais no país.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

Share:

Related Articles

Prova de reserva: as criptomoedas mudaram após o colapso da FTX?

By Julho 12th, 2025

O que começou como uma reação emergencial virou uma disputa aberta pela confiança dos usuários.

Ataque ao Pix: Polícia bloqueia R$ 15 milhões em criptomoedas

By Julho 7th, 2025

A Polícia Civil de São Paulo classificou a invasão ao sistema da C&M Software como o maior ataque hacker já registrado no país.

Fundador do Ethereum faz alerta sobre projeto World de Sam Altman

By Julho 1st, 2025

Vitalik Buterin diz que o modelo de identificação única da Worldcoin pode destruir o pseudonimato online.

Exit mobile version