China considera stablecoin lastreada no yuan para reforçar moeda no comércio global.
A medida representaria a maior guinada chinesa desde o banimento das criptomoedas em 2021.
Hong Kong e Xangai liderarão a fase inicial de testes.
Disputa com os EUA intensifica corrida geopolítica pelas moedas digitais globais.
Bitcoin Hyper surge como alternativa descentralizada, levando DeFi, NFTs e games ao BTC.
A China está prestes a dar um passo que pode mudar o rumo das finanças digitais globais. Depois de banir as criptomoedas em 2021, Pequim agora avalia liberar o uso de stablecoins lastreadas no yuan.
O plano, que pode ser aprovado ainda em agosto pelo Conselho de Estado, tem o objetivo de fortalecer o papel do yuan no cenário internacional e desafiar a hegemonia do dólar.
China pode ter guinada histórica
Se confirmada, a medida representará a maior mudança desde o endurecimento contra o Bitcoin e novas criptomoedas em 2021. A diferença é que, desta vez, o movimento não mira os investidores locais, mas sim a projeção global da moeda chinesa.
De acordo com a Reuters, a estratégia envolve a criação de diretrizes regulatórias, mecanismos de controle de riscos e metas para ampliar o uso do yuan em transações internacionais. Hong Kong e Xangai serão as primeiras cidades a testar a novidade.
Esse avanço ocorre em um mercado onde o dólar reina absoluto. Hoje, mais de 99% das stablecoins globais são atreladas à moeda americana, segundo o Banco de Compensações Internacionais (BIS).
Já o yuan, que chegou a ganhar espaço nos pagamentos internacionais, caiu para 2,88% de participação em junho. Esse é o menor nível em dois anos, segundo o sistema SWIFT.
Corrida pela soberania digital
O movimento chinês se dá em paralelo ao avanço regulatório dos Estados Unidos, que sob a gestão de Donald Trump aprovaram o GENIUS Act, um marco regulatório para stablecoins.
Para Pequim, permitir stablecoins com lastro em yuan é uma forma de reagir ao domínio digital americano. O economista Huang Yiping, conselheiro do Banco Popular da China, chegou a dizer que um stablecoin offshore de yuan em Hong Kong é uma possibilidade concreta.
Não por acaso, países vizinhos como Japão e Coreia do Sul também estudam lançar suas próprias stablecoins nacionais. Portanto, a disputa não é apenas monetária, mas também geopolítica. Afinal, cada nação busca proteger sua soberania digital em um mundo cada vez mais descentralizado.
Hong Kong seria uma ponte para o mundo
Um detalhe importante é a nova lei de stablecoins de Hong Kong, em vigor desde 1º de agosto. A regulação coloca a região como uma das primeiras do mundo a estabelecer regras claras para emissores de stablecoins lastreadas em moedas fiduciárias.
O Morgan Stanley acredita que stablecoins atreladas ao dólar de Hong Kong podem servir de ponte entre o e-CNY (yuan digital) e os ativos globais.
Na prática, isso permitiria que investidores internacionais convertessem stablecoins como USDT e USDC em yuan digital, sem burlar os rígidos controles de capital da China continental.
O que vem pela frente
O projeto deve ser discutido também na Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, em Tianjin, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro. Será uma oportunidade para Pequim defender publicamente a ampliação do uso do yuan no comércio internacional.
Ainda há desafios, sobretudo em relação aos controles de capital, que limitam a movimentação de recursos para fora do país. No entanto, se o projeto avançar, a stablecoin do yuan pode redefinir o jogo, principalmente no eixo asiático.
Para muitos analistas, trata-se de um contra-ataque calculado. Ou seja, a China quer transformar o yuan em uma alternativa real ao dólar em um dos terrenos mais estratégicos da economia moderna, o das moedas digitais globais.
A corrida das stablecoins e a resposta da inovação descentralizada
A disputa entre China e Estados Unidos em torno das stablecoins deixa claro que o futuro do dinheiro digital será palco de uma verdadeira corrida global.
Enquanto governos tentam consolidar moedas estatais digitais para reforçar seu poder geopolítico, cresce também a demanda por soluções abertas, transparentes e descentralizadas.
É nesse ponto que entra a força da inovação vinda do próprio mercado cripto. Projetos como o do Bitcoin Hyper (HYPER) mostram que a expansão das utilidades do Bitcoin não depende de governos ou bancos centrais, mas sim de tecnologia e adesão da comunidade.
Bitcoin Hyper: colocando o BTC à frente na nova era digital
O Bitcoin Hyper é a primeira Layer-2 do Bitcoin a integrar a Solana Virtual Machine (SVM). Assim, traz escalabilidade, velocidade e custos reduzidos de transação diretamente para a rede do BTC.
Com essa arquitetura, o Bitcoin deixa de ser apenas uma reserva de valor. Em vez disso, passa a competir em pé de igualdade com blockchains como Ethereum e Solana. Afinal, vai passar a oferecer suporte a DeFi, NFTs, games e aplicações descentralizadas, tudo sem abrir mão da segurança da sua camada base.
Por fim, enquanto a disputa das stablecoins mostra a tentativa dos países de assumir o controle do futuro financeiro, o HYPER desponta como a resposta descentralizada e aberta. Ou seja, coloca o Bitcoin novamente no centro da revolução digital.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Com formação em TI, Gabriel tem dedicado os últimos anos em redação de conteúdo especializado em criptoativos, Web3 e inovação financeira. Sua intensa curiosidade gera análises, notícias e artigos opinativos sobre o futuro do dinheiro, com foco em projetos relevantes, tecnologias disruptivas e tendências de mercado.
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