Christian Catalini vê o Bitcoin como possível infraestrutura financeira global.
Mais de 100 companhias de capital aberto já detêm 4% do suprimento de BTC.
Riscos de volatilidade e limitações tecnológicas ainda desafiam a rede.
O Bitcoin Hyper (HYPER) surge como solução Layer 2 para escalabilidade e usabilidade.
Christian Catalini, cofundador do projeto Diem e atual diretor de estratégia da Lightspark, publicou um artigo na Harvard Business Review (HBR), no qual falou da função do BTC. No texto, que veio a público no dia 5 de setembro, Catalini disse que o Bitcoin pode estar prestes a atravessar a sua fase mais decisiva desde a criação, há mais de 15 anos.
De reserva de valor questionada a infraestrutura financeira global, a moeda digital pode se transformar no que especialistas chamam de ‘sistema operacional do dinheiro’.
Função do BTC e o dinheiro como software
Para Catalini, o mundo financeiro caminha para um modelo em que o dinheiro deve ser entendido como software. Nesse cenário, o BTC não teria apenas função de investimento, mas sim uma camada neutra de liquidação de transações globais.
Segundo o pesquisador, essa transformação poderia colocar a criptomoeda em posição semelhante à de redes de pagamento que dominam o mercado atual, como Mastercard e Visa.
A diferença é que, em vez de uma empresa controlando a infraestrutura, essa seria uma rede aberta, descentralizada e sem fronteiras. Ele também reforça que, se o BTC de fato se consolidar como sistema de liquidação, o valor capturado pelo token pode ser multiplicado por várias vezes.
O impulso da adoção institucional
O otimismo em torno do Bitcoin não é apenas teórico. Em 2025, fundos soberanos, gestoras de ativos e até governos estaduais nos EUA começaram a incluir BTC e até algumas das melhores altcoins em suas reservas.
Além disso, empresas listadas em bolsa, como Tesla, Block e MassMutual, já adicionaram o ativo a seus balanços.
Hoje, mais de 100 companhias de capital aberto detêm cerca de 4% do suprimento total de Bitcoin. Isso evidencia um movimento de institucionalização que parecia improvável poucos anos atrás.
Para Catalini, esse processo cria um ‘círculo virtuoso’. Afinal, à medida que grandes players adotam a moeda, a rede ganha legitimidade, liquidez e profundidade de mercado.
Riscos e contradições
Ainda assim, a trajetória não é linear. O Bitcoin continua altamente volátil e, em momentos de estresse econômico, tem se comportado mais como um ativo de risco do que como um ‘ouro digital’.
Além disso, há obstáculos tecnológicos, já que a rede principal do BTC ainda tem limitações de escalabilidade e sua função como meio de pagamento em massa é restrita.
Catalini também reconhece que novos protocolos mais eficientes podem surgir e reverter os efeitos de rede conquistados pelo Bitcoin. Por essa hipótese, a tese de ‘sistema operacional do dinheiro’ poderia ser transferida para outra solução.
O papel dos executivos e investidores
Diante desse quadro, o especialista recomenda que executivos e tesoureiros adotem uma estratégia de proteção. A orientação é reservar uma fatia pequena, mas relevante, da tesouraria em Bitcoin:
Se o Bitcoin se tornar o sistema operacional do dinheiro, você terá o suficiente para importar. Se não, continuará solvente — que é, afinal, o objetivo.
Em outras palavras, não se trata de apostar todas as fichas, mas de não ficar de fora de um possível redesenho do sistema financeiro global.
Bitcoin Hyper dá uma nova função ao BTC
Esse debate abre espaço para outro ponto central, isto é, se o Bitcoin tem potencial para se tornar infraestrutura global, quem vai resolver seus gargalos atuais de escalabilidade e velocidade?
É aqui que entram os projetos de segunda camada, que buscam ampliar a utilidade da rede sem comprometer sua segurança. Um dos mais promissores é o Bitcoin Hyper (HYPER).
Construído sobre a Solana Virtual Machine (SVM), o HYPER combina a solidez da rede Bitcoin com a eficiência da tecnologia da Solana.
O objetivo é viabilizar que o BTC deixe de ser apenas ‘ouro digital’ e se torne uma plataforma funcional para pagamentos, aplicações descentralizadas e liquidação em escala global.
Na prática, isso significa oferecer transações mais rápidas, taxas reduzidas e suporte a um ecossistema de produtos financeiros descentralizados. Além disso, amplia a tese de ‘dinheiro como software’ defendida por Catalini.
O fato é que, enquanto o Bitcoin se consolida como reserva de valor e atrai investidores institucionais, soluções como o Bitcoin Hyper representam o próximo passo dessa jornada.
Se a visão de Catalini estiver correta, o futuro não será apenas sobre deter BTC. Também será sobre participar do ecossistema que transforma o Bitcoin em infraestrutura financeira universal.
Nesse sentido, o HYPER desponta como um dos principais candidatos a acelerar essa transição e pode até ser a chave para que o sistema operacional do dinheiro finalmente se torne realidade.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Com formação em TI, Gabriel tem dedicado os últimos anos em redação de conteúdo especializado em criptoativos, Web3 e inovação financeira. Sua intensa curiosidade gera análises, notícias e artigos opinativos sobre o futuro do dinheiro, com foco em projetos relevantes, tecnologias disruptivas e tendências de mercado.
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