Britânico condenado deve devolver mais de R$ 29 milhões em criptomoedas.
Esquema de SIM swap permitiu invadir contas de Musk, Obama e outras figuras conhecidas.
Golpes com perfis hackeados seguem em alta e já somam mais de US$ 2,1 bilhões roubados em 2025.
Joseph James O’Connor, conhecido por invadir contas de redes sociais de figuras como Barack Obama e Elon Musk em 2020, agora enfrenta uma ordem de recuperação de cerca de R$ 29 milhões.
O britânico aplicou golpes usando um esquema de troca de chip que permitiu tomar perfis de redes sociais e induzir vítimas a enviar criptomoedas.
Na época, o caso reacendeu alertas sobre ataques que exploram a confiança do público em celebridades. Além disso, o episódio serve como lembrete de como técnicas simples ainda causam perdas milionárias no mercado cripto.
Seguidores de Musk e outra celebridades foram alvos
Golpes desse tipo seguem ativos e evoluem rápido. Mas os especialistas afirmam que os usuários continuam vulneráveis quando confiam demais em perfis famosos. Esse é o caso de Musk, Obama e outras celebridades que o hacker visou.
O’Connor se declarou culpado em 2023 e chegou a receber uma pena de cinco anos de prisão nos Estados Unidos. Em seguida, seu histórico voltou à tona após o Ministério Público da Coroa do Reino Unido avançar com uma ação civil para recuperar o dinheiro roubado.
As autoridades britânicas reforçam que o objetivo é impedir que criminosos mantenham lucros, mesmo após condenações em outras jurisdições.
Documentos do processo revelam que O’Connor roubou 42 BTC, 235 ETH e 143 mil BUSD. Portanto, visava algumas das melhores altcoins e não apenas o Bitcoin. Os investigadores avaliaram que o valor atualizado desses ativos é de cerca de R$ 29 milhões.
Os promotores disseram que o caso mostra a necessidade de cooperação internacional para rastrear fundos em diferentes blockchains.
Golpes geraram prejuízo de US$ 2,1 bi em 2025
Golpes ligados a perfis hackeados continuam a crescer. Por exemplo, neste ano, hackers usaram uma conta do Instagram para promover uma memecoin falsa com tema do UFC na rede Solana, lucrando US$ 1,4 milhão.
Além disso, criminosos invadiram a conta do McDonald’s e divulgaram um token falso do Grimace, o que gerou perdas de US$ 700 mil. Marcas e celebridades seguem sendo um alvo preferencial porque atraem grandes audiências com pouco esforço técnico.
Criptomoedas também costumam ser uma forma de lavar dinheiro de outros tipos de crimes digitais, como o ataque ao Pix que desviou R$ 800 milhões este ano.
Um relatório recente da Chainalysis registrou mais de US$ 2,1 bilhões roubados em 2025. E os analistas apontam para um aumento expressivo nos ataques que comprometem carteiras pessoais.
Por isso, as empresas de segurança recomendam que os usuários ativem o recurso de autenticação forte em seus cadastros de redes sociais. Também devem desconfiar de qualquer promessa de retorno rápido.
Por fim, os especialistas alertam que golpes continuarão se diversificando enquanto houver uma audiência disposta a arriscar suas criptomoedas em ofertas suspeitas.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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