OKX lança cartão no Brasil e fala sobre expansão na América Latina

Novidade anunciada pela plataforma permitirá uso de criptomoedas no dia a dia como forma de pagamento.

Leonardo Cavalcanti By Leonardo Cavalcanti Atualizado em 5 mins read
OKX lança cartão no Brasil e fala sobre expansão na América Latina

Resumo da notícia

  • OKX lança cartão físico no Brasil em parceria com a Mastercard.
  • Produto foi projetado principalmente como cartão de viagem, com menor custo e praticidade.
  • OKX Pay já está ativo em vários países e será integrado ao cartão.
  • A expansão para outros mercados latino-americanos será gradual.
  • Brasil é o primeiro país da América Latina a testar o produto.
  • A operação local conta com equipe completa de compliance, jurídico, risco e atendimento.

A OKX Global, uma das maiores exchanges de ativos digitais do mundo, anunciou o lançamento oficial do OKX Card no Brasil, em parceria com a Mastercard, e a integração da plataforma de pagamentos OKX Pay ao mercado local.

O anúncio foi marcado por um evento nesta quinta-feira (6) em São Paulo, no palácio Tangará. Durante o evento a presidente global, Hong Fang, esteve presente ao lado de Guilherme Sacamone, presidente regional do Brasil da OKX

O país se torna o primeiro da América Latina a receber o cartão físico da empresa, em um movimento que inaugura uma nova fase da estratégia global da marca de conectar criptoativos ao uso cotidiano por meio de soluções de pagamento seguras e compatíveis com as normas locais.

Em entrevista à Coinspeaker, Hong Fang, presidente da OKX Global, explicou que o cartão surgiu para atender principalmente ao público que realiza transações internacionais.

Nosso entendimento é que ele não foi criado para uso doméstico, mas como um cartão de viagem. Famílias que viajam para outros países poderão usar este cartão com menos taxas, menos impostos e menos burocracia. E, quando não estiverem viajando, poderão manter parte do capital na conta e obter rendimento sobre ele. Esse é o conceito básico’, afirmou.

Fang destacou, no entanto, que a empresa vê com naturalidade o uso do cartão em território nacional, caso os usuários adotem essa prática. ‘Se as pessoas acabarem utilizando também para pagamentos domésticos, melhor ainda’, disse.

Expansão LatAm está no roadmap

Segundo a executiva, o plano da OKX é observar o desempenho do produto no Brasil antes de levá-lo a outros países da América Latina.

‘Temos uma equipe local que acompanha de perto o comportamento dos usuários e confio totalmente no julgamento deles. Faremos uma expansão gradual, porque o cartão roda sobre a rede da Mastercard. Queremos ver como ele funciona em um mercado e, depois, avançar para múltiplos mercados em fases futuras’, explicou.

A executiva ressaltou que o OKX Card surgiu com objetivo de oferecer uma experiência de pagamento comparável à de cartões tradicionais, mas com a integração direta ao ecossistema da empresa que oferece as melhores criptomoedas do mercado.

‘O Brasil é o primeiro mercado a receber o produto. Ele atende a uma necessidade muito específica e, ao mesmo tempo, entrega uma experiência de pagamento tradicional, mas com recursos de blockchain integrados’, disse.

Enquanto o cartão estreia no país, o serviço OKX Pay já está operacional em diversos mercados globais. Fang afirmou que, por ora, a empresa não pretende investir em campanhas agressivas de marketing, concentrando-se em consolidar a experiência do usuário.

‘O OKX Pay já está ativo em vários países, mas ainda não estamos promovendo de forma proativa. Queremos observar como o OKX Card se comporta e, com base nisso, ampliar o alcance do ecossistema de pagamentos com cripto’, afirmou.

Brasil é principal pilar de presença global da OKX

A presidente da OKX Global também detalhou o papel da operação brasileira na estratégia da companhia.

De acordo com Fang, o país é um dos principais pilares da presença global da exchange e já conta com uma estrutura completa, incluindo áreas de compliance, jurídico, risco, atendimento e crescimento, todas lideradas pelo CEO local, Guilherme Sacamone.

‘Construímos um produto e uma infraestrutura preparados para o futuro. Temos um time completo no Brasil, com governança sólida e capacidade operacional para sustentar o crescimento’, afirmou.

Fang enfatizou ainda o envolvimento ativo da equipe local nas discussões sobre o marco regulatório de criptomoedas conduzidas pelo Banco Central do Brasil e outros órgãos públicos.

‘Nossa equipe no país tem participado de forma muito proativa das discussões e políticas do setor. Eles têm sido líderes na indústria, defendendo o que acreditamos ser o caminho certo para a comunidade. E ficamos encorajados ao ver que legisladores e governo estão abertos ao diálogo e ouvem o mercado’, disse.

Esse alinhamento com as autoridades regulatórias, segundo a executiva, é essencial para que a OKX avance de forma sustentável e consolidada no país.

‘Continuaremos com uma postura proativa, participando dessas discussões e preparando nossos produtos e infraestrutura para acompanhar as mudanças. É uma abordagem contínua’, reforçou.

Cartão cripto ainda é hype no Brasil

O lançamento do cartão da exchange no país ocorre em um momento de crescente interesse de exchanges globais em soluções de pagamento híbridas que unem o sistema financeiro tradicional e as tecnologias de blockchain.

Para a OKX, a América Latina representa um mercado de alta relevância estratégica. A região tem registrado forte crescimento na adoção de ativos digitais, impulsionado por novos casos de uso e pela busca por alternativas financeiras mais acessíveis.

O lançamento no Brasil funciona como um teste de mercado para compreender o comportamento dos usuários e adaptar o produto antes de ampliar sua oferta regional.

A parceria com a Mastercard também reflete a tendência de integração entre cripto e meios de pagamento convencionais.

Fang afirmou que o objetivo é oferecer uma experiência fluida para os clientes e estabelecer uma base tecnológica capaz de suportar a expansão global do produto.

Embora a executiva não tenha detalhado cronogramas ou países-alvo para a segunda fase da expansão, ela reforçou que a meta é escalar gradualmente, garantindo estabilidade e conformidade regulatória.

‘O Brasil é o primeiro passo. Queremos entender como o cartão é recebido e, a partir daí, expandir para outros países. O foco agora é garantir que a experiência seja positiva para os usuários e que o produto realmente atenda às suas necessidades’, disse Fang.

Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Leonardo Cavalcanti

Leonardo Cavalcanti é jornalista especializado em criptomoedas, blockchain e finanças digitais. Além de tocar projetos próprios como o podcast BlockHistory. Também trabalha em desenvolvimento de negócios no ecossistema cripto como parceiro comercial Azify, com foco em parcerias estratégicas, tokenização e soluções de infraestrutura financeira.