Visa inicia testes com stablecoins para pagamentos internacionais

Projeto-piloto com USDC e EURC promete reduzir liquidações de dias para minutos.

Gabriel Gomes By Gabriel Gomes Marta Stephens Edited by Marta Stephens Atualizado em 5 mins read
Visa inicia testes com stablecoins para pagamentos internacionais

Resumo da notícia

  • Liquidações passam de dias para minutos com USDC e EURC no novo projeto da Visa.
  • Empresas pré-financiam operações em stablecoins via Visa Direct.
  • Projeto-piloto pode ampliar liquidez e reduzir custos globais.
  • Stablecoins ganham legitimidade após avanço regulatório com GENIUS Act.

A Visa anunciou durante a conferência SIBOS 2025 o início de um piloto que permite a empresas realizarem pagamentos internacionais utilizando as stablecoins USDC e EURC por meio da plataforma Visa Direct.

O programa busca reduzir o tempo de liquidação de transações, que hoje pode levar vários dias, para apenas alguns minutos.

A iniciativa marca um avanço no uso de blockchain dentro da infraestrutura da Visa, ampliando as possibilidades de acesso à liquidez e de simplificação das remessas globais.

A nova era dos pagamentos internacionais

Com o piloto, empresas poderão pré-financiar operações diretamente em stablecoins, evitando a necessidade de imobilizar grandes quantias em moeda fiduciária para liquidações tradicionais.

Na prática, o processo reduz custos, libera capital e oferece mais flexibilidade no fluxo de caixa.

A Visa trata esses ativos digitais como equivalentes a depósitos bancários, tornando o processo mais ágil e alinhado à tendência de tokenização no sistema financeiro.

A companhia ainda não revelou os parceiros oficiais do piloto, mas confirmou que USDC e EURC são as algumas das melhores criptomoedas aceitas.

Segundo a companhia, os valores depositados em stablecoins passam a ser tratados como ‘saldo disponível’. Assim, a Visa promete reduzir o tempo médio de liquidação de alguns dias para apenas minutos, com a vantagem de que o destinatário pode sempre receber na sua moeda local.

Stablecoins no radar do mercado

Essa não é a primeira experiência da Visa com stablecoins. Afinal, em 2021, a empresa testou liquidações com a Crypto.com. Mas é a primeira vez em que o foco está em pagamentos internacionais voltados a negócios.

O USDC, por exemplo, mantém paridade de 1:1 com o dólar e tem um market cap de US$ 73,5 bilhões, respondendo por quase 2% da dominância de mercado cripto. Apenas na terça-feira (30/09), o volume negociado chegou a US$ 15,6 bilhões.

Especialistas avaliam que a iniciativa da Visa pode criar um precedente para adoção regulatória e acelerar a integração das stablecoins ao comércio global. Além de impulsionar a utilidade prática do USDC e EURC, a medida tende a fortalecer os blockchains que sustentam esses tokens.

A aposta da Visa ocorre em meio ao crescimento acelerado do setor de stablecoins após a aprovação do GENIUS Act, primeira lei federal dos Estados Unidos a estabelecer regras claras para esse mercado. Para a empresa, os casos de uso mais promissores:

  • Proteção de valor em países com moedas locais voláteis;
  • Transferências internacionais com custos reduzidos e liquidação quase instantânea.

Nos últimos meses, a Visa vem ampliando parcerias estratégicas nessa frente. Entre elas, está o acordo com a Bridge, controlada pela Stripe, que permitirá a desenvolvedores emitirem cartões Visa vinculados a stablecoins.

Além disso, saiu na mídia a notícia de uma colaboração com a Yellow Card, fintech de pagamentos digitais com forte presença na África, para explorar soluções de tesouraria e liquidez.

Impactos de longo prazo

Se bem-sucedido, o piloto da Visa poderá inaugurar uma nova fase dos pagamentos internacionais, em que empresas não precisarão esperar dias para concluir liquidações em diferentes moedas.

Para o mercado cripto, isso representa não só maior legitimidade, mas também o crescimento do uso on-chain em escala institucional.

Para Chris Newkirk, presidente de soluções comerciais e de movimentação de dinheiro da Visa, os sistemas atuais de pagamentos transfronteiriços permanecem defasados.

Nesse cenário, a integração de stablecoins à infraestrutura da Visa pode abrir caminho para liquidações globais instantâneas. Com isso, reforça o papel dessas moedas digitais como ferramentas essenciais para empresas que dependem de agilidade e previsibilidade em seus fluxos de caixa.

O projeto-piloto, ainda em fase restrita, pode se tornar um marco para a adoção institucional de stablecoins. Afinal, ele sinaliza para um futuro em que pagamentos internacionais rápidos e baratos deixarão de ser exceção para se tornarem padrão.

Carteiras digitais: peças-chave da nova era financeira

À medida que stablecoins, tokens e protocolos descentralizados passam a ocupar espaço no dia a dia de empresas e usuários, as carteiras digitais assumem um papel central nesse processo de ‘criptonização’ do sistema financeiro.

São elas que permitem armazenar, transferir e interagir com ativos digitais de forma segura e prática, funcionando como a porta de entrada para serviços que vão do pagamento internacional instantâneo à participação em ecossistemas DeFi.

Nesse contexto, as carteiras não são apenas cofres digitais, mas também hubs de interação financeira. Elas conectam o usuário a exchanges, aplicativos descentralizados e até sistemas bancários tradicionais que já começam a integrar criptomoedas em suas operações.

Best Wallet: simplicidade e segurança em um só app

Página inicial da Best Wall, carteira não-custodial de cripto

Um exemplo que ilustra bem essa tendência é a Best Wallet, uma carteira não custodial certificada pelo WalletConnect. Projetada para oferecer controle total ao usuário sobre seus fundos, a Best Wallet vai além da simples custódia de criptoativos.

Ela permite visualizar saldos de pré-venda, participar de airdrops exclusivos, acessar lançamentos de novos tokens e interagir com o ecossistema Web3 de forma intuitiva. Outro ponto de destaque é a sua acessibilidade, já que está disponível tanto na Google Play quanto na App Store.

Além disso, a carteira se adapta a perfis diversos de investidores. Ela atende do iniciante que deseja comprar sua primeira stablecoin até o usuário avançado que busca integrar suas operações com protocolos de staking e DeFi.

Combinando segurança, praticidade e utilidade real, a Best Wallet mostra como as carteiras digitais serão cada vez mais indispensáveis.

Em suma, elas serão a base para quem deseja acompanhar a evolução do setor financeiro rumo a um modelo mais aberto e descentralizado.

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Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.

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Gabriel Gomes

Com formação em TI, Gabriel tem dedicado os últimos anos em redação de conteúdo especializado em criptoativos, Web3 e inovação financeira. Sua intensa curiosidade gera análises, notícias e artigos opinativos sobre o futuro do dinheiro, com foco em projetos relevantes, tecnologias disruptivas e tendências de mercado.