Família Trump enriquece US$ 5 bilhões em um dia com o lançamento da WLFI.
Propostas de governança discutem queima de tokens e staking obrigatório.
Portfólio cripto dos Trump já supera o valor de seus ativos imobiliários.
A família do presidente Donald Trump registrou um salto bilionário em sua fortuna com o lançamento da World Liberty Financial (WLFI).
A criptomoeda, voltada para o setor de finanças descentralizadas, estreou em diversas corretoras na segunda-feira (1/9), fazendo a riqueza do clã aumentar em pelo menos US$ 5 bilhões em apenas um dia.
O ganho vem da posse de 22,5 bilhões dos 100 bilhões de tokens WLFI, além de participação na WLF Holdco LLC e receitas da pré-venda.
O ativo estreou a US$ 0,30, mas hoje é negociado a cerca de US$ 0,25, com a participação dos Trump valendo US$ 5,6 bilhões. Portanto, o valor supera de longe os US$ 2,65 bilhões estimados de seus ativos imobiliários.
Comunidade discute redução da oferta e valorização do token
A fortuna da família Trump pode aumentar ainda mais, no caso de uma nova onda de valorização do WLFI, que já se coloca entre as novas criptomoedas de maior destaque.
Atualmente, a comunidade discute um programa de recompra e queima de tokens. A proposta prevê usar as taxas de liquidez do protocolo em Ethereum, BSC e Solana para retirar unidades de circulação, valorizando o ativo para detentores de longo prazo.
No entanto, a decisão ainda depende do fórum de governança. A comunidade pode optar por destinar todas as taxas do tesouro ao programa, rejeitar a ideia ou simplesmente se abster.
Também surgiu uma proposta alternativa, que prevê que 80% dos tokens ainda bloqueados sejam automaticamente apostados em pools. As recompensas seriam pagas a partir da reserva comunitária de 20%.
Defensores dizem que isso transformaria a oferta ociosa em ativos produtivos. Críticos, no entanto, alegam que se trata de mera redistribuição, sem criação real de valor.
Tokenomics no lançamento
Antes mesmo do lançamento nas corretoras, em junho, um fundo árabe anunciou a compra de US$ 100 milhões em WLFI.
O lançamento do WLFI colocou 24,67 bilhões de tokens em circulação, o que equivale a 24,7% da oferta total. Isso resultou em um valor de mercado de US$ 6,8 bilhões, contra US$ 25 bilhões de valor totalmente diluído.
Parte dessa distribuição inclui 10 bilhões de tokens destinados à World Liberty Financial. Outros 7 bilhões foram para a Alt5 Sigma, e 2,8 bilhões para liquidez e marketing. Além disso, 20% dos ativos da venda pública foram desbloqueados. Já o restante, cerca de 75% da oferta, permanece bloqueado para tesouro, equipe e parceiros estratégicos.
A WLFI funciona na rede Ethereum e integra o Aave V3, permitindo empréstimos e oferecendo governança aos seus detentores. Além disso, o projeto lançou a stablecoin USD1, hoje a sexta maior do mercado, com avaliação de US$ 2,6 bilhões.
O portfólio cripto da família Trump
O portfólio cripto dos Trump vem mostrando um crescimento expressivo. Afinal, além do WLFI, a família controla 80% da memecoin TRUMP, que vale US$ 6,7 bilhões. Também tem participação no Trump Media & Technology Group, que detém 15.000 BTC — cerca de US$ 1,6 bilhão.
Por isso, os ativos digitais da família já superam seus empreendimentos imobiliários tradicionais, como explicou o Wall Street Journal. No entanto, grande parte desse valor não foi realizada.
Essa guinada em direção ao setor cripto teve início há apenas sete meses. Afinal, foi quando Trump abraçou o Bitcoin e atraiu críticas sobre potenciais conflitos de interesse.
Analistas ressaltam que o WLFI pode se tornar o ativo mais valioso dos Trump, superando de forma a relevância dos imóveis em seu portfólio. Por outro lado, críticos alertam que o projeto também pode servir como ferramenta de influência política e financeira.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Flavio Aguilar é jornalista e economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua há mais de 15 anos como repórter e editor em jornais e portais de notícias no Brasil. No momento, está cursando o mestrado em estudos literários da Universidade do Porto.
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