SEC aprovou mudanças que simplificam listagens de ETFs cripto spot.
Primeiro ETF de Dogecoin (Rex-Osprey Doge ETF) foi listado na Cboe com taxa de 1,5%.
DOGE ganha legitimidade, mas enfrenta estagnação no preço e limitações de alta.
Valor de mercado das memecoins já supera US$ 79 bilhões, com volumes diários acima de US$ 18,5 bilhões.
Maxi Doge (MAXI) surge como 'primo bombado' do DOGE, resgatando o hype por memecoins.
O mercado cripto viveu um dia histórico na quinta-feira (18/09). Afinal, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) aprovou mudanças regulatórias que simplificam o processo de listagem de ETFs de criptomoedas à vista em bolsas como a NYSE, Nasdaq e Cboe.
A partir de agora, os emissores podem se basear em padrões genéricos de listagem, sem depender de processos customizados demorados e incertos. Na prática, a decisão acelera a entrada de ETFs de criptos no mercado regulado, o que deve aumentar a liquidez e atrair ainda mais investidores institucionais.
ETF de Dogecoin recebeu aprovação
Como parte dessa nova fase, também foi aprovado oficialmente o Rex-Osprey Doge ETF, primeiro fundo spot baseado em Dogecoin com listagem na Cboe.
Com taxa de administração de 1,5%, esse ETF é visto por analistas como um marco. Pela primeira vez, uma memecoin que nasceu como piada passa a ocupar um espaço legítimo em mercados regulados de alta visibilidade.
Para a SEC, trata-se de dar consistência às demandas do investidor americano, que já movimenta bilhões em DOGE em corretoras não reguladas. Para o mercado, é a validação de que o universo das melhores memecoins está amadurecendo, ainda que preserve sua natureza especulativa.
Efeitos no mercado: institucionalização vs. especulação
A aprovação do ETF de Dogecoin amplia o alcance do ativo, mas também reforça um paradoxo.
De um lado, a legitimidade conquistada pode atrair novos fluxos de capital institucional, fundos de pensão, gestores de ETFs de criptomoedas e plataformas de investimento reguladas.
Por outro lado, a aprovação reduz a narrativa de que o DOGE é um ativo marginal, rebelde e caótico. Portanto, elimina justamente as características que o fizeram crescer vertiginosamente em ciclos passados.
Com um valor de mercado que já supera US$ 30 bilhões, muitos traders acreditam que o DOGE não tem mais espaço para multiplicações explosivas como as de 2021, quando chegou a acumular ganhos acima de 300.000%.
A institucionalização traz solidez, mas limita o espaço para o tipo de especulação selvagem que atraiu milhões de investidores de varejo para o Dogecoin em ciclos anteriores.
Nesse vácuo, projetos mais recentes tentam capturar a essência que o DOGE teria deixado para trás. Entre eles, está o Maxi Doge (MAXI), que se apresenta como ‘primo bombado’ do Dogecoin e já arrecadou mais de US$ 2 milhões em pré-venda, mesmo antes de seu lançamento oficial em exchanges.
Maxi Doge: hype de volta às raízes
O Maxi Doge foi criado para resgatar a sensação de exagero e caos que caracterizou as primeiras memecoins. Com uma estética inspirada na cultura ‘gym bro’, slogans de alavancagem insana (1000x) e uma estratégia de marketing agressiva, o projeto não esconde seu objetivo: transformar hype em tração de mercado.
Na fase atual da pré-venda, cada token é vendido a cerca de US$ 0,000257, com expectativa de aumento nas próximas etapas.
O projeto também oferece staking com APY em torno de 147%, permitindo que investidores comecem a acumular rendimentos ainda antes da listagem.
Além disso, cerca de 40% da oferta de tokens está reservada para marketing. Essa decisão representa uma proporção alta, mas que reflete a aposta de que visibilidade e viralidade são fatores decisivos para o sucesso de uma memecoin.
Outra parte relevante do design do MAXI é o chamado ‘Maxi Fund’, que destina aproximadamente 25% da oferta para parcerias e listagens em exchanges.
O objetivo é garantir que o token chegue rapidamente a mercados líquidos, evitando a armadilha em que muitas memecoins caem: grande hype inicial sem capacidade de sustentação após o lançamento.
Whales já começam a se movimentar
Sinais de entrada de grandes investidores (whales) já foram observados na pré-venda. Transações únicas de US$ 34.000, US$ 17.000 e US$ 9.000 foram registradas, indicando confiança de players com maior poder de fogo.
Para analistas, esse movimento faz sentido: investidores que acumularam DOGE em ciclos anteriores agora buscam diversificação em ativos menores, com maior potencial de multiplicação.
Esse comportamento não é novo. Em ciclos anteriores, whales que realizaram lucros em ativos consolidados migraram para memecoins em estágio inicial, alimentando o hype e atraindo investidores de varejo.
Portanto, o mesmo pode estar ocorrendo agora com o MAXI, que já circula em comunidades online e tem apoio de influenciadores de cripto que destacam seu ‘potencial 1000x’.
O momento é favorável para projetos como o Maxi Doge. A aprovação do ETF de DOGE legitima as memecoins como classe de ativos no radar institucional, ao mesmo tempo em que aumenta a percepção de que o DOGE já não é mais o mesmo terreno fértil para multiplicações exponenciais. Nesse espaço, o MAXI pode prosperar como alternativa especulativa para quem busca repetir a sensação de ‘ficar milionário do dia para a noite’.
O potencial do MAXI
O dia 18 de setembro de 2025 ficará marcado como a data em que memecoins entraram de vez no mundo regulado com a aprovação do primeiro ETF de Dogecoin.
Mas, ao mesmo tempo, esse movimento abre espaço para narrativas que buscam resgatar o espírito especulativo do mercado.
O Maxi Doge surge justamente como esse contraponto: enquanto o DOGE se torna ‘blue chip’ do mundo meme, o MAXI tenta ser a nova aposta caótica, agressiva e potencialmente explosiva.
Com mais de US$ 2 milhões já captados em pré-venda, staking atrativo e marketing estruturado, o projeto está conseguindo chamar a atenção em meio a um turbilhão de novidades.
Se essa será apenas mais uma memecoin passageira ou o próximo DOGE, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa. Com ETFs de criptomoedas ganhando espaço e a regulação avançando, o palco está montado para que narrativas de risco elevado voltem a ganhar força. E o MAXI parece pronto para ser protagonista desse novo ciclo.
Disclaimer: Coinspeaker está comprometido em fornecer reportagens imparciais e transparentes. Este artigo tem como objetivo fornecer informações precisas e oportunas. Mas não deve ser considerado como conselho financeiro ou de investimento. Como as condições do mercado podem mudar rapidamente, recomendamos que você verifique as informações por conta própria. E consulte um profissional antes de tomar qualquer decisão com base neste conteúdo.
Marta Barbosa Stephens é escritora e jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco, com mestrado na PUC São Paulo e pós-graduação em edição na Universidade de Barcelona.
Trabalhou em diversas redações de jornais e revistas no Brasil. Foi repórter de economia no Jornal da Tarde, do grupo O Estado de São Paulo e editora-adjunta de finanças pessoais na revista IstoÉ Dinheiro. Atuou no mercado de edição de livros de finanças em São Paulo e foi, por seis anos, redatora-chefe da revista Prazeres da Mesa (https://www.prazeresdamesa.com.br/), antes de se mudar para Inglaterra.
No Reino Unido, foi editora do jornal Notícias em Português, voltado à comunidade lusófona na Inglaterra.
Escreve e edita sobre o mercado de criptomoedas e tecnologia blockchain desde 2022.
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